sábado, 26 de janeiro de 2008

Fredo Hennig

Naquele mesmo dia da capotagem do Lacombe, aconteceu um outro acidente na prova do Gaúcho de Marcas e Pilotos, porém de proporções muito mais graves.

O Autódromo de Tarumã ficou fechado para obras durante alguns meses no início de 1990. O Automóvel Clube do Rio Grande do Sul (ACRGS) era presidido pelo ex-piloto Marcelo Aiquel e várias melhorias foram executadas na pista. Para a reabertura do Tarumã foi programada uma grande festa reunindo todas as categorias de asfalto (exceto as motos) que competiam no estado naquele ano.

Se apresentaram a Fórmula-Ford que teve a vitória do André Klein, José Valentini ganhou nos Opalas e na Speed 1600 (Fuscas) Carlos Castro levou a melhor. A prova do Marcas e Pilotos era de longa duração, tipo 3 Horas, ou algo assim.

Fredo Hennig fazia dupla com o Clóvis Groch, lá de Erechim, no Fiat Uno #4. A dupla obteve a 9ª posição no grid de largada, entre 27 concorrentes. Só esse fato já era uma vitória, pois naquele ano os Fiats estavam em desvantagem pela mudança do regulamento. Tanto é que logo em seguida seria criada a Copa Fiat de Velocidade que traria de volta todos os carros da marca que estavam parados por falta de chances junto aos Chevettes, Escorts e Voyages que dominavam o campeonato.

Clóvis Groch iniciou a prova e Fredo entraria na segunda metade. E foi assim, logo após este último ter assumido o seu turno de pilotagem, que aconteceu um acidente na saída da curva do Laço. O Uno de Fredo capotou por duas vezes sendo jogado para fora do carro. Ele sofreu um forte impacto contra a pista e teve morte quase instantânea. O socorro foi imediato, mas já quando era removido de helicóptero para o Hospital de Pronto Socorro em Porto Alegre, foi constatada a perda total dos sinais vitais.

Muito se questionou sobre o cinto de segurança que equipava o carro dele. Chegou-se a conclusão de que o cinto, que era de fabricação caseira, rompeu na costura durante o impacto.

Fredo Hennig tinha 32 anos. Era um kartista ativo e participava de provas de turismo, acho que desde 1988, sempre com Fiat.

Tarumã não via um acidente fatal desde a prova do Campeonato Brasileiro de RD 350 em 1986, quando morreu o piloto gaúcho Ricardo de Jesus.


As duas primeiras imagens acima mostram a largada da prova. A seguir o que sobrou do Uno #4. Por último uma imagem do Fredo Hennig durante uma prova de kart.

Fonte das imagens: arquivo pessoal, jornal Zero Hora e jornal Esporte Motor.

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